Descrição
In this paper, we reflect on the relationship between actor/director Charles Chaplin and history. This reflection occurs through the discussion of two films by the filmmaker: The Great Dictator, from 1940, and Monsieur Verdoux (idem), from 1947. Two elements are highlighted in the discussion. First, the main characters played by Chaplin: Hynkel, from The Great Dictator, one of two characters played by the actor in the film, alongside the Jewish barber; and Verdoux, from Monsieur Verdoux. Secondly, we focus on the speeches that are said at the end of the two movies, which represent moments in which the characters express themselves and take a position about their times and in which they indicate possibilities of new times (or lack thereof): the first, by the Jewish barber (or Charles Chaplin), and the second by Verdoux. Each speech is addressed, initially, in its characteristics and specificities, mainly the relation of Chaplin with his times. Besides that, the discourses are also compared, aiming to observe how the vision and positioning of the director may have changed in the passage between one film and another. For this reflection, we address essentially texts that help to observe the relation between Charles Chaplin and the history, mainly readings on the work of the filmmaker, between which stand out analyses, criticisms, and reflections on The Great Dictator and Monsieur Verdoux. In addition to this works, we address other ones from varied fields of knowledge, which also contribute to the discussion (history, sociology, politics, translation).||Neste artigo, é realizada uma reflexão sobre a relação entre o ator/diretor Charles Chaplin e a história. Esta reflexão ocorre através da discussão de dois filmes do cineasta: O Grande Ditador (The Great Dictator), de 1940, e Monsieur Verdoux (idem), de 1947. Na discussão, são destacados dois elementos. Primeiramente, os personagens principais interpretados por Chaplin: Hynkel, de O Grande Ditador, um dos dois personagens interpretados pelo ator no filme, ao lado do barbeiro judeu; e Verdoux, de Monsieur Verdoux. Em segundo lugar, é dado destaque aos discursos que são ditos no final das duas obras, que indicam momentos em que os personagens se expressam e se posicionam a respeito dos seus tempos e em que indicam possibilidades de novos tempos (ou a falta delas): o primeiro, pelo barbeiro judeu (ou Charles Chaplin), e o segundo, por Verdoux. Cada discurso é abordado, inicialmente, em suas características e especificidades, principalmente a relação de Chaplin com os seus tempos. Além disso, os discursos também são comparados, com objetivo de observar como a visão e o posicionamento do diretor podem ter mudado na passagem entre um filme e outro. Para esta reflexão, são trazidos, principalmente, textos que auxiliam a observar a relação entre Charles Chaplin e a história, principalmente leituras sobre a obra do cineasta, entre os quais se destacam críticas, análises e reflexões sobre O Grande Ditador e Monsieur Verdoux. Além dessas obras, são trazidas outras de variados campos do conhecimento, que também contribuem para a discussão (história, sociologia, política, tradução).
