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Writer Carolina Maria de Jesus: Legitimizing her place in the history of Brazilian literature||A escritora Carolina Maria de Jesus: Legitimando seu lugar na História da Literatura Brasileira
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Metadados
Descrição
It has long been denied to the Carolina Maria de Jesus (1914-1977) he space, or status, of a writer. Carolina de Jesus is mentioned in the Dicionário crítico de escritoras brasileiras (2002), conceived by Nelly Novaes Coelho (1922-2017), as a memorialist. In this way, we intend to question this denial, as well as the gap that there is in the history of Brazilian literature, when we speak of the Carolina de Jesus. For this, we analyze the Child of the Dark: The Diary (1960) Realizing how the writer ficcionaliza her life, reflecting on her condition of Brazilian black woman literate resident in a slum paulista. It is from the concept of Autofiction (DUARTE, 2010) that we will seek the legitimacy of the resistant texts (SOMMER, 1994) of the writer. These texts require another form of critical reading, as they depart from the "margins" and present peculiarities that need to be taken into account. Finally, we realized that the space denied to the Carolina of Jesus part of a gym that restricts the margins and encastels the literature from the Canon hegemonic crystallized. However, the African female literature (SANTIAGO, 2012) comes to question this gap and make room for other writers to occupy this place of law in literary historiography. ||Há muito tempo é negado à Carolina Maria de Jesus (1914-1977) o espaço, ou status, de escritora. Carolina de Jesus é mencionada no Dicionário crítico de escritoras brasileiras (2002), concebido por Nelly Novaes Coelho (1922-2017), como memorialista. Dessa forma, pretendemos questionar essa negação, bem como a lacuna que há, na história da literatura brasileira, quando falamos em Carolina de Jesus. Para tanto, analisaremos Quarto de desepejo: diário de uma favelada (1960) percebendo como a escritora ficcionaliza sua vida, refletindo acerca de sua condição de mulher negra brasileira letrada residente em uma favela. É a partir do conceito de autoficção (DUARTE, 2010) que buscaremos a legitimidade dos textos resistentes (SOMMER, 1994) da escritora. Esses textos exigem outra forma de leitura crítica, visto que partem das “margens” e apresentam peculiaridades que precisam ser levadas em conta. Por fim, percebemos que o espaço negado à Carolina de Jesus parte de uma academia que restringe as margens e encastela a literatura a partir do cânone hegemônico cristalizado. Contudo, a literatura afro-feminina (SANTIAGO, 2012) vem para questionar essa lacuna e abrir espaço para que outras escritoras ocupem esse lugar de direito na historiografia literária.
ISSN
1982-5935
Periódico
Autor
Moura de Quadros, Dênis
Data
4 de maio de 2018
Formato
Idioma
Editor
Direitos autorais
Direitos autorais 2018 Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob CC-BY-NC-SA 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com indicação da autoria e publicação inicial nesta revista | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
Fonte
Travessias; v. 12, n. 1 (2018); 243-257 | Travessias; v. 12, n. 1 (2018); 243-257 | Travessias; v. 12, n. 1 (2018); 243-257 | 1982-5935
Assuntos
Brazilian literary canon; Autofiction; African-female literature. | Cânone literário brasileiro; Autoficção; Literatura afro-feminina.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion