Descrição
O presente trabalho se propõe refletir sobre as relações entre criança, Arte Contemporânea e espaços expositivo. A partir das experiências vividas como mediadora em diversas exposições e das análises compartilhadas que aprofundam e teorizam o caminho de construção de uma dissertação, são observadas as ações do corpo das crianças e suas respostas à mediação proposta, tendo como pauta a experiência do encontro. Sendo esta vivência uma fonte de crescimento e alicerce para a construção de significações, a pesquisa surgiu com o interesse de investigar a relação cognitiva-lúdico-estética da ação da criança e de seu corpo frente à arte no espaço expositivo, de problematizar a mediação cultural como ativação de corpos nestes espaços e a potência de possíveis objetos propositores. A Arte Contemporânea, as trocas afetivas, os diálogos, a criação de dispositivos propulsores são questões que marcam o foco central de análise: os espaços expositivos que abrigam arte são compreendidos como espaços de encantamento, descoberta, exploração ou somente pura diversão? Com a expografia e a curadoria podem influenciam o processo de descoberta e significados para a criança a partir de sua ação? A pesquisa se apresenta em pequenas histórias refletidas pelo olhar da teoria e se tornam uma antropofagia de aprendizagem. Assim, o processo de descoberta visa ampliar a compreensão da experiência estética e emancipadora das crianças como público cidadão mergulhando na cultura.