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É preciso falar sobre a morte. Alguém escuta? A escrita de si como alternativa ao silenciamento da escola em relação à dor do aluno enlutado
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Metadados
Descrição
Este artigo tem como tema a morte e o morrer e o discurso sobre ele. A hipótese é que a sociedade contemporânea interditou a morte e o morrer, o que faz com que o sujeito que passa pela experiência da perda de um ente querido não encontre espaço para expressar sua tristeza. O artigo tem como objetivo geral repensar a educação, revisitando o tema da morte e como objetivos específicos levantar as representações acerca da morte e do morrer no discurso manifestado por uma aluna do Ensino Médio e apontar em que medida, ao falar de sua relação com a morte, o sujeito se ressignifica. A pesquisa sustenta-se nos estudos foucaultianos, da terceira fase da escrita de si e a análise se pauta nos postulados da Análise do Discurso de linha francesa, com insights da psicanálise freudiana. O corpus analisado consiste em uma entrevista com uma aluna do ensino médio - EJA. A conclusão possível leva a perceber a importância deste estudo à educação, pois traz uma discussão que se propõe ir além do pedagógico e trazer ao seu centro, não o sujeito na condição de aluno, mas a pessoa humana que existe e precisa falar. Este falar, tão necessário no discurso, apresenta a relação paradoxal entre o interdito do discurso da morte, a partir do silenciamento, e a necessidade de falar, exposta no discurso da entrevistada.
ISSN
2238-1279
Colaboradores
Capes
Autor
Márcia Aparecida Amador Mascia; USF | Juriene Pereira da Silva; Professora Rede pública
Data
2 de abril de 2014
Formato
Idioma
Direitos autorais
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Fonte
Revista Educação e Cultura Contemporânea; Vol. 11, No 23 (2014); 84-112
Tipo
Avaliado por Pares