Descrição
O artigo reflete sobre o perfil e o papel do docente no ensino superior, partindo da perspectiva de uma educação emancipatória, com um recorte específico com foco no tema “Educar para a vida”. Isto posto, a sua proposta principal é traçar um paralelo entre a controvertida obra do músico brasileiro internacionalmente reconhecido, Tom Zé, e quais seriam as suas contribuições no sentido de estimular o trabalho dos docentes rumo a um novo modelo de educação, que preze a liberdade, autonomia e criatividade. Em princípio, pode parecer incongruente a escolha de um personagem que não possui o rótulo de educador nos seus trabalhos, porém, a escolha ganha força em função da originalidade e singularidade da obra do artista, características estas que vão diretamente ao encontro de uma educação emancipatória proposta aqui. Junto ao estudo de caso de uma obra do artista o texto traz uma pequena revisão bibliográfica sobre os temas que permeiam a docência no ensino superior, tomando como referência principalmente as idéias de Paulo Freire. Conclui que a prática docente do ensino superior no âmbito da universidade brasileira carece de maturidade pedagógica e que a arte de educar exige do docente posturas muitas vezes similares a dos artistas. Para tanto, é imprescindível que se tenha a sensibilidade de perceber que a produção do conhecimento só acontece plenamente em ambientes que não cerceiem a liberdade criativa dos seus pares. Refletir sobre estas questões possibilita ao docente assumir uma postura crítica e reflexiva diante do ato de educar.
Palavras-Chave: Docência no Ensino Superior. Educação Emancipatória. Docência Reflexiva.
