Descrição
O estudo problematiza a política científica brasileira e sua relação com a expansão e consolidação da Pós-graduação em Educação (PGE) no Brasil e seus nexos com a evolução dos cursos no Nordeste. Nessa direção, analisa a presença dos estudos em políticas educacionais e perquire as linhas de pesquisas (LP), as temáticas centrais, o perfil docente, as articulações interinstitucionais, procurando iluminar o legado desses cursos e os desafios que se apresentam para sua ampliação, com vista à superação das assimetrias regionais e intra-regionais, assim como suas contribuições para a constituição do campo de políticas educacionais. O estudo teve como inspiração o conceito de campo de Bourdieu e foi conduzido sob os preceitos da análise de conteúdo qualitativa. Os dados empíricos apresentados foram obtidos por meio dos sites dos PGE e das Plataformas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), especialmente Lattes e Grupos de Pesquisa. Dentre as conclusões, demonstra que a interiorização da pós-graduação em educação ainda não se apresenta como um objetivo estratégico em ação e que a fragmentação organizacional das comunidades científicas ainda se faz sentir, mas há sinais de construção de relações orgânicas com os objetos em políticas educacionais, sobretudo nos cursos mais antigos e naqueles em que a articulação interinstitucional é uma prática corrente. A tarefa de construção de uma ciência, simultaneamente, auto-exigente e implicada com sua noção de construção coletiva é parte dos desafios postos à consolidação do campo.
