Descrição
Nos últimos anos, o combate às injustiças sociais no campo escolar, por meio de políticas compensatórias como o sistema de cotas nas universidade públicas brasileiras para afrodescendentes, têm gerado um tenso debate na sociedade, principalmente entre os educadores, pais, alunos e meios de comunicação. Se por um lado há os que defendem que as políticas compensatórias de cotas para os afrodescendentes garantem a inclusão de um segmento historicamente excluído da sociedade e portanto do sistema universitário público; por outro há os que questionam os critérios de justiça adotados e argumentam que o sistema de cotas acaba por promover novas formas de exclusão, de discriminação e de injustiças sociais. Nossa proposta neste artigo é investigar a questão das políticas compensatórias na educação e do sistema de cotas para afrodescendentes nas universidades públicas brasileiras e de que forma este se justifica como viável, justo e inclusivo a partir dos princípios da justiça elaborados pelo filósofo John Rawls e sua recepção no debate educacional brasileiro.