Descrição
Este artigo tem como objetivo explicitar as relações de alteridade que se delineiam no processo de construção de identidade, a partir da obra Iracema, de 1865, de José de Alencar, e da canção “Iracema voou”, de 2000, de autoria de Chico Buarque de Holanda. A fundamentação teórica envolve Serres (1991), Todorov (1999), Maffesoli (1995), Santos (2000), Hall (2001), Bauman (2005), e a descrição e análises são permeadas por aspectos da difusão destes produtos culturais. Dos resultados, vale enfatizar que, em ambos os casos, a construção da identidade envolve uma visão ampliada do outro – europeu e estadunidense –, ou seja, a alteridade não é questionada, mas assumida como inferior e servil.