Descrição
O conceito de patrimônio apresenta forte afinidade com idéias de propriedade e de recurso, que são essencialmente idéias econômicas. Trata-se de uma associação centenária, da construção gradual do conceito. Contudo, sob a égide econômica da vivência moderna, critérios demasiadamente economicistas preconizam o valor de uso do patrimônio sobre seu valor simbólico ou estético, ainda que em uma sociedade que discute formas alternativas de conceber o âmbito cultural, como a defesa da memória e dos direitos humanos e sociais. A principal conseqüência de uma concepção capitalizada de patrimônio cultural é a vulnerabilidade da sua própria existência, frente às pressões altamente economicistas das outras dimensões da sociedade. Nesse sentido, arriscamos abonar as idéias de que: sustentabilidade do patrimônio necessite da lucratividade, o valor do patrimônio é economicamente mensurável e, principalmente, que o patrimônio, para ter seu espaço assegurado na sociedade, deve ser lucrativo ou auto-suficiente.