Descrição
As políticas de patrimônio interferem e remodelam a dinâmica urbana construindo novos significados e usos para os espaços públicos. Alguns processos de patrimonialização partem de pressupostos que consideram a cidade a partir de suas qualidades arquitetônicas, estatísticas e documentais, e deixam de pensá-la em situação e em processo, considerados em sua historicidade. Mas é através da apreensão da dinâmica no tempo das construções simbólicas dos citadinos que as ações de preservação podem aproximar-se de indivíduos e grupos sociais que vivem e consomem as cidades. O artigo é parte da pesquisa desenvolvida no âmbito do projeto Museu Clube da Esquina: do sonho à cidade e aborda três lugares de Belo Horizonte associados a essa formação cultural (ver GARCIA, 2000). Propõe investigar como estes espaços são afetados por ações museológicas realizadas pelo Museu Clube da Esquina (MCE) e avaliá-las a partir de percepções do público levantadas através de pesquisas e trabalhos de campo desenvolvidos num diálogo entre museologia, história e etnografia.