Descrição
Quem é o estrangeiro? Quem nunca foi estrangeiro, seja no sentido político, social ou psicológico? Este texto delineia alguns aspectos da condição do estrangeiro, destacando a fronteira e sua passagem como o momento comunicativo em que o “dentro” e o “fora”, em contato, criam a situação ambivalente do estrangeiro. O argumento se desenvolve em dois movimentos: (1) a passagem de fronteiras, que na verdade define o estrangeiro e (2) a ambivalência de viver em algum lugar sem pertencer a ele. Argumentamos que a abertura incondicional ao outro o define a partir de um encontro que expõe a diferença ao mesmo tempo em que preserva, em meio a conflitos e tensões, os espaços em que a vida se esgarça, ameaçando o rosto, a dignidade e a vida.