Descrição
O presente texto analisa o significado simbólico-arquétipo do indígena contador de histórias, sua representação e importância na atualidade. Situado no campo descritivo e interpretativo, esse trabalho tem como pressuposto a pesquisa etnográfica, desenvolvida em uma tribo indígena na região da Bahia. Investiga-se a figura simbólica do contador de histórias, fazendo apontamentos teóricos para justificar a sua importância social e cultural. Para análise bibliográfica, foram adotados como bases principais os recortes teóricos e reflexões do livro Memória e Sociedade: Lembranças de Velhos, de Ecléa Bosi, Os arquétipos e o inconsciente coletivo, de Carl Gustav Jung e Imagem e Símbolos de Mircea Eliade. Os resultados da pesquisa e a interpretação da análise de dados demonstraram que a contação de histórias está presente na atualidade e que o arquétipo do Velho Sábio, ancião da sabedoria e discernimento, mantém-se intacto no imaginário humano. A figura arquetípica do contador de histórias no grupo analisado permanece inalterada no inconsciente coletivo.