-
Uma ponte entre o real e o fantástico: leitura de um conto de Maria Isabel Barreno
- Voltar
Metadados
Descrição
Esse artigo propõe uma leitura ao conto “A ponte”, da escritora portuguesa Maria Isabel Barreno, publicado em 1993. Para isso, fundamenta-se em teorias acerca do fantástico contemporâneo dos críticos Ana Maria Barrenechea, Jean-Paul Sartre e Jaime Alazraki, segundo as quais a manifestação desse gênero no século XX agencia uma compreensão do mundo hodierno e de seus contextos sociais e políticos, tornando assim o fantástico, não obstante a sua narrativa ilógica ou sobrenatural, uma eficiente representação mimética do real. Baseados nisso, verificamos nessa investigação do conto de Barreno uma discussão a respeito das insólitas decisões promovidas pelos círculos de comando do mundo burocrático oficial do Estado, que revelam o descompasso deste com a realidade dos seus cidadãos e da sociedade. Mais especificamente, deparamo-nos com uma análise a respeito da permanência (ou de sua impossibilidade), na contemporaneidade do Portugal dos anos 1990, das já passadas décadas de ditadura salazarista.
ISSN
1984-4018
Periódico
Autor
Soares, Marcelo Pacheco
Data
5 de dezembro de 2018
Formato
Identificador
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/7739 | 10.30612/raido.v12i29.7739
Idioma
Relação
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/7739/4755 | /*ref*/ALAZRAKI, Jaime. Hacia Cortázar: aproximaciones a su obra. Barcelona: Antrophos, 1994. | /*ref*/______. ¿Qué es lo neofantástico? In: ROAS, David. Teorías de lo fantástico. Madrid: Arco/Libros, 2000, p. 265-82. | /*ref*/BARRENECHEA, Ana Maria. Ensayo de una tipologia de la literatura fantástica. In: Revista Iberoamericana. Pittsburgh: University of Pittsburgh, no 80, julho-setembro, 1972, p. 391-403. | /*ref*/BARRENO, Maria Isabel. A ponte. Lisboa: Dom Quixote, 2004. | /*ref*/______. A ponte. In: ______.Os sensos incomuns. Lisboa: APE, 2001a. | /*ref*/______. Os territórios imaginários da escrita. In: Revista Scripta. Belo Horizonte, v. 4, n. 8, p. 275-286, 1o sem. 2001b. | /*ref*/CALVINO, Italo. Définitions de territoires: le fantastique. In: ______. Le machine littérature. Paris: Seuil, 1993, p. 55-6. | /*ref*/CEIA, Carlos. Sobre o conceito de alegoria. In: Revista Matraga. Rio de Janeiro, n. 10, p. 19-26, outubro de 1998. | /*ref*/MANGUEL, Alberto. Umahistória da leitura. Tradução: Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. | /*ref*/PIGLIA, Ricardo. Teses sobre o conto. In: ______. Formas breves. Tradução: José Marcos Marinani Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 87-94. | /*ref*/RODRIGUES, Luís Ferreira. A ponte inevitável - A história da Ponte 25 de Abril. Lisboa: Guerra & Paz, 2016. | /*ref*/SARTRE, Jean-Paul. Aminadab, ou o fantástico considerado como uma linguagem. In: ______. Situações I - críticas literárias. Tradução: Cristina Prado. São Paulo: Casac Naify, 2005, p. 133-49. | /*ref*/TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica.Tradução: Maria Clara Correa Castello. São Paulo: Perspectiva, 2004.
Direitos autorais
Direitos autorais 2018 Raído
Fonte
Raído; v. 12, n. 29 (2018); 113-124 | 1984-4018
Assuntos
Letras; Literatura Portuguesa; Literatura Fantástica | Fantástico do século XX. Conto português. Maria Isabel Barreno. Portugal contemporâneo.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion