-
Decolonial black semiosis in Carolina Maria de Jesus||Semiose negra decolonial em Carolina Maria de Jesus
- Voltar
Metadados
Descrição
This study aims to discuss the constitution of the sign black woman by Maria Carolina de Jesus’s words, taking as reference fragments of the autobiographical narrati-ve “Favela”, as well as the research problem: how does the sign representation of black wo-men constitute itself in the production textual autobiography of Carolina Maria de Jesus? It starts from the hypothesis that its condition of black is built by the remnants of a colo-nialism that marginalizes the subordinate. It is anchored in the theoretical foundations of Peirce’s Semiotics (2008), regarding sign and representation, under the eyes of Santella (1992/2000/2003) and Araújo (2004), as well as the principles of decolonialism founded by Bernardino-Costa and Grosfoguel (2016), Quintero et al (2019). As for the methodo-logy, this is a qualitative research, in which the method feeds back on phenomenology, considering that the meanings of the sign black woman, inserted in their intersemiotic daily life, move the study.||Objetiva-se, neste estudo, discutir a constituição do signo mulher negra pe-los dizeres de Maria Carolina de Jesus (2014), tomando como referência fragmentos da narrativa autobiográfica “Favela”, bem como o problema de pesquisa: de que maneira se constitui a representação sígnica mulher negra na produção textual autobriográfica de Carolina Maria de Jesus? Parte-se da hipótese de que sua condição de negra é construída pelos resquícios de um colonialismo que marginaliza os subalternizados. Ancora-se nos fundamentos teóricos da Semiótica de Peirce (2008), no que se refere a signo e represen-tação, sob o olhar de Santella (1992/2000/2003) e Araújo (2004), bem como nos princípios de decolonialidade, alicerçados por Bernardino-Costa e Grosfoguel (2016), Quintero et al (2019). Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, em que o método se retroalimenta pela fenomenologia, tendo em vista que os sentidos do signo mu-lher negra, inserida em seu quotidiano intersemiótico, movem o estudo.
ISSN
1984-4018
Periódico
Autor
Oliveira, Mirian Ribeiro de
Data
16 de julho de 2020
Formato
Identificador
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/10905 | 10.30612/raido.v14i34.10905
Idioma
Relação
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/10905/5899 | /*ref*/ARAÚJO, Inês Lacerda. Do Signo ao Discurso: introdução à filosofia da linguagem. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da Pós-Modernidade. Tradução de Mauro Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. | /*ref*/ARAÚJO, Inês Lacerda. Identidade. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. | /*ref*/BALLESTRIN, L. 2013). América Latina e o giro decolonial. In: Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília: 2013. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004. Extraído em dezembro de 2019. p. 89-117. | /*ref*/CAMARGO, Rita de Cássia; CARDOSO, Lourenço. CAROLINA E O DRAMA DA POPULAÇÃO DESCARTÁVEL. In: Língua e Literatura. São Paulo: USP, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2594-5963.lilit.2012.97536. Extraído em dezembro de 2019. p. 161-175. | /*ref*/CÈSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Blumenau: Letras Contemporâneas, 2010. | /*ref*/DAVIS, A. In: Conferência: Atravessando o tempo e construindo o futuro da luta contra o racismo. Salvador: UFBA/TVE, 2017. | /*ref*/DE JESUS, Carolina Maria. Favela. In: Onde estaes Felicidade? Dinha e Rafaela Fernandes (Orgs.). São Paulo: Me Parió Revoluções, 2014. | /*ref*/DELLEUZE, Gilles. Proust e os signos. Tradução Antonio Carlos Piquet e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003. | /*ref*/FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Fator, 1983. | /*ref*/FERNANDES, J. D. C.. Introdução à Semiótica. In: Linguagens: usos e reflexões. Ana Cristina de Sousa Aldrigue; Jan Edson Rodrigues Leite. (Orgs.). V. 8. 1 ed. João Pessoa: Editora da UFPB, 2011. | /*ref*/FERNANDES, Rafaela Andrea. Prefácio. In: Onde estaes Felicidade? Dinha e Rafaela Fernandes (Orgs.). São Paulo: Me Parió Revoluções, 2014. | /*ref*/FOUCAULT. M. A Ordem do Discurso. São Paulo: Loyola, 1996. | /*ref*/GROSFOGUEL, Ramon; BERNARDINO-COSTA, Joaze. Decolonialidade e perspectiva negra. In: Revista Sociedade e Estado – Volume 31 Número 1. Brasília-DF: Scielo, 2016. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922016000100002. Extraído em outubro de 2019. p. 15-24. | /*ref*/GROSFOGUEL, Ramon. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais. N. 80, Coimbra: 2008. p. 115-147. | /*ref*/GUIMARÃES, Geny Ferreira. Até onde Carolina nos leva com seu pensamento? Ao poder. In: Onde estaes Felicidade? Dinha e Rafaela Fernandes (Orgs.). São Paulo: Me Parió Revoluções, 2014. | /*ref*/HALL, Stuart. Quando foi o pós-colonial? Pensando no limite. In: Da diáspora: identidades e mediações culturais, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 101-131. | /*ref*/INOCÊNCIO, Nelson. Corpo negro na cultura visual brasileira. In: Educação, Africanidades, Brasil. Brasília: MEC – SECAD – UNB – CEAD. Faculdade de Educação, 2006. | /*ref*/JÚNIOR, Josué Ferreira Oliveira. Literatura, Fronteiras e Margens: Poéticas Fronteiriças na Fronteira Brasil-Paraguai. Línguas e Letras. Cascavel-PR: UNIOESTE, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20180003. Extraído em dezembro de 2019. p. 23-39. | /*ref*/MIGLIEVICH-RIBEIRO, A. (2014). Por uma razão decolonial: Desafios ético-político-epistemológicos à cosmovisão moderna. In: Dossiê: Diálogos do Sul. V. 14. N. 1. Porto Alegre-RS: Civitas, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.15448/1984-7289.2014.1.16181. Extraído em novembro de 2019. p. 66-80. | /*ref*/MIGNOLO, Walter D. Histórias locais / Projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003. | /*ref*/MUNANGA, Kabengele. Construção da identidade negra no contexto da globalização. In: Vozes (além) da África. Ignacio G. Dourado (coord.); Gilvan Ribeiro e Renato Bruno (Orgs.). Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2006. | /*ref*/MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e sentidos. São Paulo: Ática, 1988. | /*ref*/NÖTH, W. Panorama da Semiótica: de Platão a Peirce. São Paulo: Annablume, 1995. | /*ref*/OLIVEIRA, Mirian Ribeiro de. A DISCURSIVIDADE DO NORMAL: UMA IDENTIDADE CONSTRUÍDA. Raído. V. 5, N. 9. Dourados-MS: UFGD, 2011. Disponível em: http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/download/777/805. Extraído em março de 2018. p. 103-114. | /*ref*/PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2008. | /*ref*/QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classifcação social. In: Epistemologias do sul. Maria Paula Meneses (Orgs.). São Paulo: Cortez, 2010. p. 84-130. | /*ref*/QUINTERO, Pablo et al. Uma breve história dos estudos decoloniais. In: MASP Aftrall. Amanda Carneiro (Org.). Tradução de Sérgio Molina e Rubia Goldoni. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, 2019. Disponível em: https://masp.org.br. Extraído em novembro de 2019. | /*ref*/SANTAELLA, L.; NÖTH, Winfried. IMAGEM: cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 2008. | /*ref*/SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2003. | /*ref*/SANTAELLA, Lúcia. A Assinatura das Coisas – Peirce e a Literatura. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1992. | /*ref*/SANTAELLA, Lúcia. Teoria geral dos signos. São Paulo: Pioneira, 2000. | /*ref*/SANTOS, Milton. O retorno do território. En: Debates: Territorio y movimientos sociales. Año 6. no. 16. Buenos Aires : OSAL : Observatorio Social de América Latina. CLACSO, 2005. p. 249-261. SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2004. | /*ref*/VAN DIJK, T.A. 2008. Racismo e Discurso na América Latina. São Paulo: Contexto, 2008. 383 p.
Direitos autorais
Direitos autorais 2020 Raído | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
Fonte
Raído; v. 14, n. 34 (2020); 37-52 | 1984-4018
Assuntos
Sign. Interpreter. Black woman. Decolonialism. | Letras - Semiótica e Literatura | Signo. Interpretante. Mulher negra. Decolonialismo.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion