Descrição
O artigo tem por objetivo analisar o processo de tombamento do Terreiro de São Jorge Filho da Goméia, realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), em 2003. Com base nesse processo, buscou-se compreender as relações de poder, os discursos identitários e as formas de promoção dos direitos culturais a partir desse patrimônio. A análise possibilitou interpretar as razões para o processo ter durado quinze anos, refletindo sobre as questões na perspectiva da valorização do bem. Além disso, pode-se compreender que, não apenas o processo de patrimonialização foi permeado por conflitos e contrastes, mas também a interpretação após a instituição do patrimônio, observando as formas de ativação da identidade negra, por meio de projetos como Museu Comunitário e o Bloco Carnavalesco Bankoma.