Descrição
Este artigo baseia-se numa pesquisa que investigou as representações de alguns gestores e professores a respeito da inclusão e das diferenças no âmbito da educação infantil, em creches de um município próximo à Região Metropolitana de Campinas/SP. As representações sociais foram observadas a partir da Psicologia Social, especificamente da Teoria de Representações Sociais, e o trabalho foi realizado através de uma abordagem qualitativa de tipo estudo de caso coletivo (STAKE, 1995 apud ANDRÉ, 2005). A coleta de dados se deu através de duas rodadas de entrevistas realizadas com alguns gestores e da observação de duas reuniões ocorridas em momentos distintos em um dos centros infantis do município, envolvendo a psicóloga da rede municipal de educação, alguns professores e um grupo de representantes das famílias. Os dados foram organizados através da transcrição das entrevistas e do registro em diário de campo. A análise de dados foi realizada a partir da relação entre os quatro núcleos de significação obtidos e da fundamentação teórica. Como resultado, as falas dos sujeitos indicaram que as representações sobre inclusão e diferença são marcadas pela ideia que se tem de normalidade. Além disso, a diferença é concebida, geralmente, a partir de marcas físico-biológicas, sensoriais, afetivo-sexuais e/ou econômico-sociais. Há uma tendência de “hierarquizar” as diferenças por parte dos sujeitos. Diante dos resultados obtidos, os espaços de formação que se tem na escola, se configuram como possíveis meios para fomentar reflexões sobre as representações sociais que os educadores carregam e a forma como elas interferem em sua prática diária.Palavras-chave: representações sociais. educação infantil. diferenças. inclusão/ exclusão. formação de professores. ABSTRACTThis paper is based on a research that investigated the representations of some school principals and teachers about the inclusion and differences in preschool, in a day care center located in a city near the metropolitan area of Campinas/SP. The social representations were observed from the Social Psychology, specifically from the Social Representations Theory, and the research has been done with a kind of qualitative approach, the collective case study (STAKE, 1995 apud ANDRÉ, 2005). The data collection occurred through two rounds of interviews with some school principals and the observation of two meetings that happened in different moments in one of the infant centers, involving the psychologist from the municipal education, some teachers and a group of community delegates. The data analysis has started from the relation between the four signification cores and the theoretical base established. As a result, the subjects’ speeches indicated that the representations about inclusion and differences are marked by the idea of normality. Furthermore, the difference is generally understood from physical-biological, sensorial, affective-sexual and/or economic-social brands. There´s a tendency to “hierarchize” the differences. From the results obtained, the educational arenas configure themselves as a device to encourage reflections about the social representations that educators carry and the way that they interfere in their daily practice.Keywords: social representations. childhood. differences. inclusion/exclusion. teacher training.
