Descrição
Este artigo apresenta uma análise da política de assistência estudantil em um câmpus da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, com o objetivo de examinar a aplicação desta política para os alunos ingressos pela Lei 12.711/2012, denominada política de cotas, mais especificamente àqueles ingressantes oriundos de família com renda per capita de até um salário mínimo e meio. Caracteriza-se por ser um estudo de caso, baseado em uma metodologia que considerou informações levantadas junto à Coordenadoria de Registros Escolares (CRE) e Coordenadoria Sociopedagógica (CSP), referente ao número de alunos ingressos, forma de ingresso, se por cota ou não, se é aluno evadido, se está desligado do curso, além da relação de alunos bolsistas e editais para seleção destes. Os resultados da pesquisa demonstram, mediante uma análise quantitativa dos dados, que do total de alunos ingressos no câmpus em estudo, de 2013 a 2015, apenas 17% é cotista; e que do total de cotistas, apenas 36% eram beneficiários da assistência estudantil. Ressalta-se que, para os fins deste estudo, considerou-se apenas aqueles alunos que ingressaram “formalmente” por cotas através do processo seletivo, sendo desconsiderados aqueles que recebiam auxílio da assistência, pois se enquadravam nas condições de baixa renda, contudo ingressaram por ampla concorrência. Conclui-se, enfatizando a relevância dessa política, sua ampliação e continuidade. Além do mais, recomenda-se que sejam aprofundadas as reflexões iniciadas neste estudo, utilizando-se de outros instrumentos como questionário e/ou entrevistas, ou mesmo que pesquisas semelhantes sejam desenvolvidas em outras instituições, com vistas a contribuir com a efetividade das políticas de assistência estudantil.