Descrição
Em sua primeira parte, o ensaio resume, em linhas gerais, a fortuna crítica do romance Em câmara lenta, de Renato Tapajós. Nas duas partes subsequentes, propõe uma leitura, guiada, por assim dizer, pelo par quase mínimo afeto-efeito, que argumenta em prol do trauma causado por tortura e morte como centro gravitacional do livro. A um close reading que se detém em questões como estrutura composicional e foco narrativo do romance, segue-se uma análise do aspecto da identificação, em diversos sentidos: relacionada ao fenômeno da falsa memória, enquanto triângulo de emoções entre vítima, algoz e espectador-leitor e, finalmente, em seu sentido ficcional e midiático, i. e. na ótica de uma linha tênue que em identificação, transferência e perspectivação ata as instâncias de personagem principal, autor e leitor.