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Ética: uma enorme imprecisão
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Metadados
Descrição
Parte-se do pressuposto de que a ética é um complexo valorativo que se refere à relação do indivíduo com a comunidade, apesar da multiplicidade de sentidos e usos atuais do conceito e termo. O autor assume a concepção marxiana de análise da história e da política. Nessa concepção ontológica e histórica se supõe que a ética se tornou imprescindível pelo mesmo movimento através do qual a filosofia se tornou necessária: o desenvolvimento das forças produtivas. O que vai determinar a evolução histórica do complexo da ética, dos Gregos até nossos dias, é o mesmo complexo social que predominou em nossa história: a propriedade privada. Enquanto movimento histórico universal, a tendência que se fez predominante foi a do desenvolvimento de relações humano-genéricas que se ampliaram até converter toda a humanidade em uma única história cotidiana. O homem se tornou uma única humanidade se convertendo em lobo do próprio homem: a propriedade privada se tornou a nossa essência. Ela requer o mercado mundial, única possibilidade de universalidade e, enquanto mercadoria, apenas é capaz de uma relação, a da concorrência nucleada no individualismo que nos fragmenta. Enquanto o futuro da humanidade for limitado aos horizontes do capital, a ética continuará sendo uma onipresente necessidade cuja satisfação é uma impossibilidade ontológica.
ISSN
1984-9605
Periódico
Autor
Lessa, Sergio
Data
4 de julho de 2011
Formato
Identificador
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/view/8635467 | 10.20396/rfe.v3i1.8635467
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2018 Filosofia e Educação
Fonte
Filosofia e Educação; Vol. 3 No. 1 (2011): Poiethos - segmento Ética; 22-36 | Filosofia e Educação; Vol. 3 Núm. 1 (2011): Poiethos - segmento Ética; 22-36 | Filosofia e Educação; v. 3 n. 1 (2011): Poiethos - segmento Ética; 22-36 | 1984-9605
Assuntos
Ética. Política. Educação. Marx.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Pesquisa teórica