Descrição
No presente trabalho buscamos captar as representações acerca de etnônimos produzidos e aplicados, aos povos guarani falantes - que no século XVI, estavam situados tanto nas margens do Rio da Prata e de seus afluentes, quanto no Chaco Boreal e no pé da cordilheira andina - por duas frentes de conquista: uma com sede em Assunção e outra proveniente do Peru (Cusco e Charcas). A proposta é estabelecer um diálogo entre história, onomástica e representações no intuito de perceber como os guarani falantes foram entulhados de significados que ajudam a entender, por um lado, o status humano desses grupos aos olhos dos "outros" - espanhóis, incas etc. - e, por outro, as peculiaridades relacionais tramadas por uma e outra frente de conquista, com os referidos grupos.