Descrição
O presente artigo pretende discutir sobre as práticas religiosas de uma comunidade chamada Santa Luzia situada no Arquipélago do Marajó, município de Breves, estado do Pará. Uma comunidade que preserva seus saberes, suas crenças, afetividades, suas cosmologias, seus códigos de regras com a floresta, particularmente com as águas e que utiliza seus conhecimentos juntamente com os recursos naturais para garantir sua sobrevivência. Trata-se de um estudo etnográfico de abordagem qualitativa que utilizou a pesquisa bibliográfica, a análise documental, a observação direta e a entrevista como forma de investigação. Os resultados da pesquisa revelam um cotidiano afetivo, social e cultural com seus sistemas de crenças, ritos de religiosidade afroindígena entre outras formas de expressão. Diante desse contexto, destacamos que as práticas vivenciadas nessa comunidade, são práticas que, embora as semelhanças com outros lugares guardam um jeito peculiar de ser, sua territorialidade e sua forma de se envolver com a natureza.