Descrição
O presente artigo é fruto do percurso etnográfico, trilhado no sentido de descortinar um universo de significados dos saberes e das práticas em saúde de curandeiros, rezadores e parteiras na cidade de Macapá-Ap. Buscamos construir um olhar antropológico sobre a teia de relações que circunscrevem o ofício dos médicos tradicionais, de seus saberes e práticas, bem como, suas trajetórias de fazer-se curador (a). O trabalho de campo foi realizado entre os anos de 2016 a 2017 no município de Macapá-Ap. Apresenta como objeto de estudo a construção social da prática do profissional de saúde tradicional, como elemento mágico-simbólico e social de saúde na região trabalhada. Foram selecionados três profissionais tradicionais de saúde. Por meio de observações e entrevistas abertas o estudo buscou conhecer as concepções que dizem respeito a crenças, mitos, religiosidades e representações simbólicas utilizadas para a construção do saber tradicional; a forma como são realizados os ritos e como tais práticas levam à construção social do profissional de saúde tradicional. O trabalho também aborda os utensílios de cura utilizados: rezas, benzeção, santos e ervas.