Descrição
Este artigo propõe uma discussão sobre o ato de protesto simbólico dos funcionários da agência Leo Burnett de Chicago em que os funcionários cobriram o nome do seu fundador na fachada do prédio da agência com uma folha de papel onde lia-se “Marcel”. O protesto ocorreu após a proibição da participação da agência em premiações e festivais do setor, em favorecimento dos investimentos destinados à implantação da plataforma de inteligência artificial Marcel. Ao analisar a atitude dos publicitários da agência sob o viés da teoria crítica, é possível observar que as agências já vêm passando por um processo de automatização desde a década de 1970 e que essa medida apenas consolida um cenário que favorece a cultura da eficácia e o enfraquecimento da criatividade nos processos, cenário este que grande parte dos publicitários endossou até o presente momento. A própria agência Leo Burnett destaca-se nesse cenário com a sistematização da sua plataforma de trabalho através dos métodos de avaliação intitulado de GPC.