Descrição
Este artigo analisa o uso variável do modo imperativo no português popular da Bahia, fundamentado no enquadramento teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]). O trabalho apresenta a alternância entre formas morfologicamente associadas ao indicativo (canta/não canta) e ao subjuntivo (cante/não cante) na expressão do modo imperativo em dados de fala de comunidades rurais da Bahia (Santo Antônio de Jesus, Poções, Barra e Bananal, Cinzento, Sapé e Helvécia). A análise quantitativa aponta a prevalência das formas do indicativo (canta) nessas comunidades. Esse resultado amplia o conhecimento acerca dos falares da Bahia e abre novas perspectivas de investigação acerca das isoglossas do imperativo ao apontar a complexidade da distribuição do fenômeno no estado.