Descrição
Este artigo é uma reflexão sobre a experiência dos modos de preservação e criação dos fazeres tradicionais dentro da comunidade-terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, BA. O foco da análise é o corpo, sobretudo, a imersão deste dentro das práticas rotineiras do terreiro, destacando sua importância como detentor e operador das memórias tradicionais da comunidade. O recorte para este trabalho está na observação dos processos de aprendizagem das crianças da comunidade, durante o período em que ministrei aulas de dança, dentro do terreiro, de 2009 a 2017. Assim como a oralidade verbal seleciona, replica e perpetua os saberes de uma comunidade, proponho o corpo como protagonista e operador imerso nessas memórias, bem como a oralidade expressa no e através do corpo, como uma corpo-oralidade. PALAVRAS-CHAVE: Ancestralidade. Corpo. Oralitura. Ilê Axé Opô Afonjá.