Descrição
Neste artigo abordamos a presença e a influência dos saberes e práticas dos artistas do circo-família tanto na criação das escolas de circo para fora da lona a partir de fins da década de 1970, como na formação e na produção dos artistas circenses oriundos dessas escolas, que por conseguinte encabeçaram suas produções artísticas com reinvenções, diálogos e incorporações constantes em conformidade com a produção da linguagem circense no seu caráter polissêmico e polifônico. Para a sustentação das análises e perspectivas aqui apresentadas baseamo-nos diretamente no estudo e cruzamento de diferentes fontes de pesquisa a exemplo de artigos científicos, livros, registros legislativos, decretos e códigos estatutários. Buscamos assim evidenciar que na constituição de novos modos e estruturas de se ensinar circo, o protagonismo dos saberes dos circenses que viviam em itinerância com suas famílias esteve presente como matriz da organização e estruturação dessas escolas e que as produções circenses contemporâneas estão também atravessadas pelos saberes de diferentes períodos e contextos, criando uma ligação que evidentemente pode ser debatida diante de suas particularidades, suas virtudes e limitações.Palavras Chave: Circo; Educação; Saberes circenses; Formação, História do Circo.