Descrição
O artigo visa apresentar a concepção de silêncio que estaria contida na poesia e na poética do paulista Marcos Siscar. Para tanto, parte-se do diálogo com alguns pensadores e artistas do século XX – como Maurice Blanchot, Gilles Deleuze, John Cage entre outros – que nos permitem pensar em um silêncio enquanto excesso e positividade, no lugar de um silêncio transcendente e inalcançável, aquele que estaria presente por exemplo em muitos dos poetas românticos. A partir dessa mudança de paradigma acerca do silêncio, encontraríamos uma das potências e singularidades da proposta poética de Marcos Siscar: seu modo de propor uma vertigem poética como efeito da experiência do imprevisto, do futuro, na leitura do poema.