Descrição
O principal objetivo do presente artigo é analisar a proposta de encenação de Antonin Artaud, contestador de formas tradicionais do teatro do século XX, abordando uma linha investigativa entre a sociedade de consumo espetacularizada, contemplativa de uma ação que transcorre sem sua participação efetiva, e o pensamento do encenador em sua extensão de enlace, de ativação física do espectador para um encontro real, singular com a cena. A análise segue uma linha investigativa que se refere ao estreitamento entre a cena contemporânea e o espectador, visando a um olhar sobre a inserção do público como participante da ação teatral, que, segundo Artaud, deve ser um fruidor do espetáculo, e não um observador alheio à obra.