Descrição
Seguindo as provocações de Sarah Pink, que convida os antropólogos a um novo “engagement with the real world as social intervention” (2006: 81), este ensaio pretende: 1) refletir sobre a distinção disciplinar convencional entre antropologia e arte, discutindo suas razões políticas e epistemológicas; 2) reconsiderar o debate sobre a “viragemetnográfica” da arte contemporânea (Foster 1995), para pensar à arte como forma de pesquisa e à etnografia como terreno de produção e inspiração artística; 3) repensar a relação entre pesquisa etnográfica, prática artística e intervenção social, apresentando as minhas mais recentes experiências - enquanto antropóloga, artista e curadora - de arte pública crítica (Lacy 1995), baseada em pesquisa de terreno.