Descrição
A partir de etnografia em torno da estética funk exploramos as relações entre criatividade e mercado notando como aspectos coercitivos são incorporados à matriz criativa. A produção não apenas objetifica o esquema simbólico de uma cultura mas produção e demanda estabelecem uma relação dinâmica e criativa. Como contraponto à noção estabelecida de indústria cultural enquanto promotora da pasteurização da produção e da submissão do criador pop às exigências do mercado argumentamos que é na relação com seu público que o artista, o criador, o designer perpetra inovações estilísticas e potencializa a circulação de sua produção. Os limites que o mercado coloca não são nesse sentido somente constrangedores mas podem ser tomados em sua faceta expansiva ao oferecerem os parâmetros para a criação.