Descrição
Se para as vanguardas modernas e para a primeira geração de artistascontemporâneos (1950-1980), trabalhar as relações entre ‘arte’ e ‘vida’ implicouem um desafiador deslocamento entre os dois campos, posicionados em tensionamentorecíproco, para a arte contemporânea do final do século XX – que assumeum papel central no deslocamento internacional do neoliberalismo – ‘arte’ e ‘vida’são tomados como eixos naturalizadores da própria condição de valor do que seriauma prática artística, assim como sua recepção. Daí ser necessário, no limiardeste novo século, multiplicar e problematizar ambos os termos, flexionando-osno plural: será preciso compreender como se articulariam artes e vidas, em seusentrechoques, sob um horizonte de diferença e diversidade.