Descrição
This project aims to present a theoretical-historical survey from the semantic slip of the concepts of acedia, sadness, melancholy and their analogues, offering a dialogue among theological science and the human sciences. The literature used articulates the meaninglessness of the contemporary world in biblical texts and in authors of known theological and theoretical eminence. The acedia, since its biblical intuition, represents significant proximity to the contemporary problematic of meaning. The Greek expression akédias, which goes back to the biblical tradition, developed within the Christian tradition as “meridian demon” by Evágrio Pôntico and, later, is canonized in the Eastern perspective by João Cassiano and in Western perspective by Thomas Aquinas and Gregorius Magnus. The profound relationship between the concepts of acedia and melancholy puts the tradition of capital sins and secular authors side by side, such as Hippocrates and his humoral thesis, Aristotle and his exceptional man, and Freud in his reflection on the mourning and malaise of contemporary times from the principle of pleasure. There is also a significant correspondence of the theme with the perspective of Viktor Frankl, especially from concepts such as "will to meaning" and "noogenic neuroses", on which he used to describe this question. Given the scope of the theme, this is understood as an interpretive possibility, seeking in exponents of the past intuitions that illuminate contemporary issues.||Este empreendimento tem por finalidade apresentar um levantamento teórico-histórico a partir do deslizamento semântico dos conceitos acídia, tristeza, melancolia e seus análogos, oferecendo um diálogo entre a ciência teológica e as ciências humanas. A literatura utilizada articula a falta de sentido do mundo contemporâneo a partir dos textos bíblicos em autores de conhecida eminência teológica e teórica. A expressão grega “akédias”, que remonta à tradição bíblica, desenvolve-se dentro da tradição cristã como “demônio meridiano” por Evágrio Pôntico e, mais tarde, vê-se canonizada na perspectiva oriental por João Cassiano e ocidental por Tomás de Aquino e Gregório Magno. A profunda relação entre os conceitos acídia e melancolia coloca lado a lado a tradição dos pecados capitais e autores seculares, como Hipócrates e sua tese humoral, Aristóteles e seu homem de exceção e Freud em sua reflexão sobre o luto e o mal-estar da contemporaneidade a partir do princípio do prazer. Há também significativa correspondência do tema com a perspectiva de Viktor Frankl, especialmente a partir de conceitos como “vontade de sentido” e “neuroses noogênicas”, que foram por ele utilizados. Dada a abrangência do tema, entende-se esta como uma possibilidade interpretativa, buscando em expoentes do passado intuições que iluminem questões contemporâneas.
