Descrição
O artigo visa discutir a função social e política do livro didático de História como ferramenta pedagógica na construção da identidade étnico-racial e no fortalecimento da auto-estima do discente. Propomos que o livro didático de história apresente uma narrativa da resistência negra, a partir da ótica do escravizado. Com tal objetivo utilizarei como referencial: Carlos Líbano Soares, Flávio Gomes, João Reis, Sidney Chalhoub e Ubiratan Castro, que privilegiam as vias e percursos dos sujeitos – individual ou coletivamente – para alcançar sua liberdade. Artigos da revista Afro-Ásia e livros como: Cidades Negras possibilitarão a apresentação dos percursos dos escravizados no processo de ressignificação do cativeiro e da liberdade, para que possam agir como referencial positivo na identificação do indivíduo com a escola. As reflexões na seara da antropologia social vão com base em Clifford Geertz, Richar Price e Sidney Mintz, pois revelam conceitos relevantes para a compreensão da cultura de resistência negra, que se manifestava enquanto movimento social, durante a escravidão. Em educação as principais referências são: A Discriminação do Negro no Livro Didático e Desconstruindo a Discriminação do Negro no Livro Didático, suportes teóricos da pesquisa sobre a Resistência Negra nos Livros Didáticos de História.