-
Distopias e filosofia da tecnologia
- Voltar
Metadados
Descrição
Este artigo examina distopias enquanto profecias de um futuro indesejado se não se esforçar para evitá-lo; mais que isso, serão examinadas enquanto experimento mentais. A metodologia do artigo se dará pela análise de algumas ficções científicas distópicas procurando perceber elementos relacionados ao transumanismo, uma vertente otimista com relação à ciência e a tecnologia, conjugada com uma análise com a filosofia transumanista. Nem todas as obras estão se referindo diretamente ao transumanismo, mas o fio condutor das preocupações presentes nestes livros são questões antropológicas, de natureza humana, que se apresentaram no âmago da discussão transumanista. Podemos perceber a discussão transumanista em dois extremos e que aparecem nas distopias: os bioconservadores, clamando por prudência e cautela, e os transumanistas propriamente ditos, apontando a necessidade de dirigir a evolução através do instrumental científico e tecnológico. As distopias exageram, aumentando as implicações negativas de tecnologias que no início pareciam inofensivas, com o objetivo de fazer pensar. É nisso que consiste experimentos mentais em filosofia. As obras analisadas serão: “A máquina parou” de E. M. Foster, “Nós” de Ievguêni Zamiátin, “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, “A guerra das salamandras” de Karel Čapek e a “Aquela fortaleza medonha” de C. S. Lewis.||This article examines dystopias as prophecies of an unwanted future if you don't try to avoid it; more than that, they will be examined as mental experiments. The methodology of the article is presented by the analysis of some dystopian science fiction, trying to understand the elements related to transhumanism, an optimistic view of science and technology, combined with an analysis of the transhumanist philosophy. Not all works are directly related to transhumanism, but the guiding thread of those present includes anthropological issues, of a human nature, which were not reported in the transhumanist discussion. We can perceive a transhumanist discussion in two extremes that appear in dystopias: the bioconservatives, calling for prudence and caution, and the transhumanists themselves, selecting the need to direct the evolution of scientific and technological instruments. Like exaggerated dystopias, specified as negative implications of technologies that are not harmless relatives, in order to make you think. This is what mental experiences in philosophy consist of. The analyzed works are: “A stopped machine” by E. M. Foster, “We” by Ievguêni Zamiátin, “Brave New World” by Aldous Huxley, “A war of salamanders” by Karel apek and a “That hideous fortress” by C. S. Lewis.
ISSN
1809-8274
Periódico
Autor
Borges, Luiz Adriano Gonçalves
Data
16 de fevereiro de 2021
Formato
Identificador
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2021 Luiz Adriano Gonçalves Borges | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
Fonte
Artefilosofia; v. 16 n. 30 (2021); 47-66 | 2526-7892 | 1809-8274
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion