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Silence and “craft”: resistence forms of the subaltern in Jane Eyre||Silêncio e “manhas”: formas de resistência do subalterno em Jane Eyre
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Metadados
Descrição
This paper aims at analyzing the subaltern resistance strategies in Jane Eyre (2008), a novel originally published in 1847 by Charlotte Brontë, from a postcolonial viewpoint. The highlighted characters will be the ones begotten in Jamaica, Betha Mason and her brother, Richard, using the resistance models defined by Ashcroft et al. (2010) as abrogation and appropriation, and by Bhabha (2010) as sly civility and mimicry. Bertha Mason, the main representative of subalternity, makes use more frequently of sly civility and abrogation, whereas Richard Mason uses mimicry and appropriation, since the woman repudiates the center culture, forsaking the European language, unlike her brother, who searches to imitate it, by appropriating its discourse to guarantee his social status, and, therefore, cultural hybridism. Considered mad and having no voice in the novel, Bertha Mason incites the reader curiosity towards the narrator’s honesty, the latter being white and whose discourse is constructed from other similarly white characters, mainly Rochester’s, who married the autochthonous girl as some kind of colonial enterprise. Thus, one is motivated to understand the subaltern exclusion from the symbolic world, in relation to their racial, cultural and mental precedence, extracting from it the possibility that the discursive cleavage symbolize the colonial oppression and repression of a violent subjugation. However, this does not state the annulment of the subaltern subject, for, even if censored, discursively, s/he finds alternatives to resist the colonizing forces.||Este trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de resistência dos subalternos em Jane Eyre (2008), romance de Charlotte Brontë publicado originalmente em 1847, a partir de uma interpretação pós-colonialista. As personagens enfatizadas serão as oriundas da Jamaica, Bertha Mason e seu irmão, Richard, utilizando os modelos de resistência que Ascroft, Griffiths e Tiffin (2010) definem como ab-rogação e apropriação e as que Bhabha (2010) menciona como sly civility (cortesia dissimulada) e mímica. Bertha Mason, a principal representante da subalternidade, faz mais uso da sly civility e da ab-rogação, enquanto Richard Mason utiliza-se mais da mímica e da apropriação, isso porque a colonizada repudia a cultura do centro, ao negar a linguagem europeia, diferentemente do irmão, que procura a imitação, ao apropriar-se do discurso do europeu para garantir seu lugar social, e, desse modo, o hibridismo cultural. Considerada louca e não tendo voz no romance, Bertha Mason desperta a nossa curiosidade acerca da honestidade da narradora, por esta ser branca e seu discurso ser construído a partir de discursos de personagens também brancos, principalmente o de Rochester cujo casamento com a autóctone fora considerado uma empreitada colonial. Dessa forma, somos motivados a compreender a exclusão dos subalternos do mundo simbólico, em correlação com sua procedência racial, cultural e mental, extraindo disso a possibilidade de as cesuras discursivas simbolizarem a opressão e repressão coloniais de uma assujeitação violenta. No entanto, isso não atesta a anulação do sujeito subalterno, pois mesmo censurado, discursivamente, encontra alternativas para resistir às forças colonizadoras.
ISSN
2175-7917
Periódico
Autor
Ponte, Charles Albuquerque | Oliveira, Vanalucia Soares da Silveira
Data
18 de junho de 2015
Formato
Identificador
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2015v20n1p147 | 10.5007/2175-7917.2015v20n1p147
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2015 Charles Albuquerque Ponte, Vanalucia Soares da Silveira Oliveira
Fonte
Anuário de Literatura; Vol. 20 No. 1 (2015); 147-164 | Anuário de Literatura; v. 20 n. 1 (2015); 147-164 | 2175-7917 | 1414-5235
Assuntos
Silence | Subaltern | Jane Eyre | Postcolonialism | Silêncio | Subalterno | Jane Eyre | Pós-colonialismo
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion