Descrição
This article intends to address some of the ways in which Machado de Assis’ fiction addressed the issue of fashion. Whether it is through the study of costumes and clothes, especially of changes in their forms, or even through a specific relationship that his narratives establish over time, the writer not only was attentive to the problem of fashion, but also made of it the theme for several of his writings. The article develops this approach from three critical perspectives: that of a tradition that discussed the problem of commodities in the nineteenth century, especially Balzac and Walter Benjamin; by means of a dialogue with a more contemporary sort of “metaphysics of appearance,” which appears here through the works of Boris Groys and Emanuele Coccia; and finally, through the dialogue with some Machadian critics, from Roberto Schwarz and José Miguel Wisnik to the more recent Idelber Avelar and Ana Luiza Andrade.||Este artigo procura abordar algumas das maneiras pelas quais a ficção de Machado de Assis tratou a questão da moda. Seja por meio do estudo dos costumes e dos trajes, sobretudo das alterações de suas formas, e seja ainda por uma relação específica que seus relatos estabelecem com o tempo, o escritor não apenas esteve atento ao problema da moda, como também fez dele motivo de várias das suas criações. O artigo desenvolve tal abordagem a partir de três perspectivas críticas: a de uma tradição que discutiu o problema das mercadorias no século XIX, sobretudo com Balzac e Walter Benjamin; por meio de um diálogo com uma espécie de “metafísica da aparência” mais contemporânea, que surge aqui por meio dos trabalhos de Boris Groys e Emanuele Coccia; e finalmente em diálogo com alguma crítica machadiana – de Roberto Schwarz e José Miguel Wisnik aos mais recentes Idelber Avelar e Ana Luiza Andrade.