Descrição
This paper intends to give insight to the recent debate in Germany about inclusion and exclusion and the existing difficulties in the scientific discussion with both categories, especially concerning a theoretical definition. The position of Luhmanns system theory will hereby be in the center of critical analysis. Furthermore, by introducing the theoretical concept of the boundary, which will be discussed not only as a closure of a system, but as a space of all social dialog between systems, it seeks another view on boundaries, similar to the category in the semiotic culture theory of Yuri Lotman. Exclusion in this perspective would be a monolog of reigning systems of power at the spatiotemporal space of a system boundary and a socially produced exclusion from partial systems, which are taking part in the transformation of the social system as a whole. Inclusion therefor would be a dialog at the boundaries between psychic and social systems, based on the appreciation of human and civil rights, which always includes the willingness to mutual influence and change through the other. ||Este artigo tem por finalidade apresentar o atual debate sobre inclusão e exclusão na Alemanha. A reflexão teórico-crítica, aqui proposta, baseia-se numa discussão científica em torno da definição categórica de ambos os termos, e nos desafios provenientes desse embate. Para isso, com base nos teóricos Niklas Luhmann e Yuri Lotman, será problematizado o conceito de fronteira, concebida como uma dimensão espaço-temporal onde o diálogo entre sistemas psíquicos, e entre sistemas sociais, efetua-se. Neste sentido, poder-se-ia compreender a exclusão como um monólogo do “sistema de poder”, o qual é produzido na dimensão espaço-temporal da fronteira. E a inclusão, como um diálogo firmado na fronteira do sistema. A sustentação desse diálogo se dá, tanto no reconhecimento dos direitos humanos e cidadãos, quanto numa “abertura para o outro”, a qual implica a disposição para uma influência mútua e mudanças potenciais, através da experiência de um diálogo verdadeiro.
