Descrição
Through a study of Ingmar Bergman’s film Wild Strawberries (1957), this text seeks to analyze its time-images. These bring the cinema of the real closer to thought and also have the purpose of exercising the eye’s function as seer since the elements of the image relate in such a way that they must be “read” as much as seen. Legible as much as visible, the world presents itself to be seen and read as if it were “literalness”. This is a cinema which draws closer to reading than to perception, a cinema which takes us down the path of signs, which transforms us into decipherers, and which makes us repudiate automatic and habitual recognitions. It is a cinema where the montage proposes encumbrances to the spectator’s perceptions and its extensions into action by introducing a new element which impedes perception from spreading into the form of action. ||Através do filme Morangos Silvestres (1957) de Ingmar Bergman, este texto se dedica a analisar suas imagens-tempo. Estas aproximam o cinema da realidade do pensamento, tendo a função de levar o olho à função de vidência, pois os elementos da imagem entram em relações que fazem com que a imagem inteira deva ser “lida” não menos que vista, legível tanto quanto visível. O mundo aparece para ser visto e lido, como literalidade. Cinema mais perto de uma leitura do que de uma percepção, cinema que nos leva ao caminho dos signos, que nos torna decifradores, nos fazendo recuar do reconhecimento automático e habitual. Uma montagem que propõe transtornos às percepções e ações do espectador, porque faz irromper um elemento novo que impede a percepção de se prolongar em ação.
