Descrição
Este trabalho se dedica a uma análise de técnicas de escrita empregadas por Joyce em Finnegans Wake e de traduções de alguns excertos da obra feitas para o português. Mais que isso, pretende-se questionar o que significa, em que consiste, traduzir Finnegans wake. Com base na proposta teórica de Jean Allouch, que considera a tradução não com base na clássica oposição forma/sentido, mas num triplo, constituído por sentido / forma / não-sentido, ou seja, como parte de um conjunto complexo composto de três elementos (tradução, transcrição e transliteração), argumenta-se que, nos momentos em que não há efeito de significação, o tradutor se vê obrigado a criar um significado, para a partir dele realizar a tradução. Essa é a função básica dos paratextos, que em geral acompanham as traduções, aclarando, explicando e justificando a tradução.