Descrição
Este texto surgiu a partir de reflexões da banca de defesa de mestrado em educação, que levaram a problematizar as funções que a família desempenha, se analisada como aparelho ideológico; por sua vez, como se dão as condições de formação/constituição identitária de filhos travestis. Desse modo, entendendo a família como o contato com os primeiros sentidos construídos pela criança e adolescente, se as famílias forem permeadas de discursos heteronormativos, verificam-se turbulências no processo de aceitação e tolerância das expressões de sexualidades presentes no corpo de filho(a)s travestis. Assim, pautando-se num referencial marxista, observou-se que as famílias e comunidade influem no processo de exercício da cidadania de travestis, dado que não acolhem a constituição que elas fazem de seus corpos, oprimindo-as com ações de punição, correção e preconceito intrafamiliar.