-
Vida Policial: compreensão civilizadíssima da repressão ao crime e (ou) influência na psycologia dos jovens||Vida Policial: understanding highly civilized crime repression and (or) influence in young’s people psychology
- Voltar
Metadados
Descrição
Este trabalho analisa o conto e o folhetim policiais publicados na revista Vida Policial, editada na cidade do Rio de Janeiro (1925 a 1927). O semanário publicava crônica policial, conto, folhetim, doutrina policial, textos do mundo jurídico, bem como notícias jornalísticas. Os escritos policiais foram meios de construção de tipos de crime e criminoso, ao mesmo tempo foram produtores de um imaginário social que imputava a esse tipo de literatura o estigma de manual do crime. Nos escritos policiais reproduzia-se o que chamamos de educação às avessas, principalmente de jovens e crianças, pois as ações e os personagens imprimiam com a marca do ilegalismo uma forma de combate social mais aceitável e eficaz. As ações e os meios e os de combate ao crime, vistos como modelo ideal, perpetrados por agentes de segurança amadores - os detetives diletantes -, implicam a potência individual do investigador, como Sherlock Holmes, que se consolidou como o super-herói, arquetípico, uma exemplaridade de vigilância, prevenção e segurança.||This paper analyzes the tales and detective feuilletons published in the magazine “Vida Policial”, in the city of Rio de Janeiro (1925-1927). The weekly published police chronic, tales, serial, police doctrine, texts of the legal world as well as news reporters. The police written were means of building types of crime and criminal, at the same time all this produced a social imaginary which imputed to this type of literature, the stigma of a crime handbook. Reproduced in police writtens what we call education in reverse, because the actions and characters printed with the mark of illegalism a form of social struggle more acceptable and effective. Actions and means and combat the crime, seen as the ideal model, perpetrated by security agents amateurs – amateurs detectives – imply the individual power of the investigator, as Sherlock Holmes, which has established itself as the superhero archetype, an exemplary surveillance, prevention and safety.
ISSN
1983-201X
Periódico
Colaboradores
CAPES
Abrangência
História do Brasil | História do Brasil Contemporâneo | Análise qualitativa
Autor
Shizuno, Elena Camargo
Data
11 de abril de 2013
Formato
Identificador
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/31033 | 10.22456/1983-201X.31033
Idioma
Editor
Relação
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/31033/30803 | /*ref*/ALBUQUERQUE, Paulo de Medeiros. O mundo emocionante do romance policial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979. BERNARDI, Célia de. O lendário Meneghetti. São Paulo: Annablume, 2000. COSTA, Flávio Moreira da Os cem melhores contos de crime e mistério da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. CARRARA, Sergio. Crime e loucura: o aparecimento do manicômio judiciário na passagem do século. Rio de Janeiro: EdUERJ; São Paulo: EdUSP, 1998. DARMON, Pierre. Médicos e assassinos na Belle Époque: a medicalização do crime. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. DOYLE, Sir Arthur Conan. Um estudo em vermelho. São Paulo: Martim Claret, 2003b. ______. As aventuras de Sherlock Holmes: um escândalo na boêmia e outras histórias. Porto Alegre: L&PM, 2003a. ______. Sherlock Holmes. Edição definitiva, comentada e ilustrada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. v.1. ECO, Umberto; SEBEOK, Thomas A. O signo de três. São Paulo: Perspectiva, 2004. FAUSTO, Boris. O crime do restaurante chinês. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. FEINMANN, Jeffrey O mundo misterioso de Agatha Christie. Rio de Janeiro: Record, 1975. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1977. ______. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999. HAINING, Peter. The classic era of crime fiction. Chicago: Chicago Review Press, 2002. HARROWITZ, Nancy. O arcabouço do modelo de detetive organizador. In: ECO, Umberto; SEBEOK, Thomas A. O signo de três. São Paulo: Perspectiva, 2004. HOBSBAWM, Eric J. Bandidos. 2. ed. Tradução de Donaldson Magalhães Garschagen. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1976. LOMBROSO, Cesare. O homem delinqüente. São Paulo: Ícone, 2007. McLUHAN, Marshall. Como se lee el policial: lógica narrativa y mercado. In: LINK, Daniel (Org.). El juego de los cautos: literatura policial: de Edgar A. Poe a P. D. James. Buenos Aires: La Marca, 2003. MENDES, Oscar. Influência de Poe no estrangeiro. In: POE, Edgar Allan. Ficção completa, poesia e ensaios. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. RODRÍGUES, Esteban (Org.). Periodismo criminal. In: Contra la prensa: antologia de diatribas y apostillas. Buenos Aires: Colihue, 2001. REVISTA VIDA POLICIAL, Rio de Janeiro, 1925-1927. Biblioteca Nacional do Brasil.
Fonte
Anos 90; v. 21, n. 39 (2014): História e cultura histórica no alvorecer da época moderna (séculos XIV-XVII); 257-284 | Anos 90; v. 21, n. 39 (2014): História e cultura histórica no alvorecer da época moderna (séculos XIV-XVII); 257-284 | 1983-201X | 0104-236X
Assuntos
História e mídia | Revista policial; Crime e mídia; Folhetim policial | História e mídia | Police magazine; Crime and midia; Detective feuilletons
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Pesquisa Histórica