Descrição
Em face de certas pressuposições globalizantes da apropriação norte- americana da Afro-Brazilian religion, levanto uma pergunta hipotética: que diferença faria se – em vez do candomblé servir como o exemplo universal e transnacional do sincretismo religioso – a umbanda servisse como um exemplo do hibridismo cultural brasileiro? Sugiro a elaboração de um conceito específico – o ‘hibridismo de refração’ – no qual, o espectro de umbandas refrata o espectro de tensões sociais na sociedade brasileira. Com referência à teoria recente da globalização, argumento que a variação interna da umbanda reflete uma variedade de apropriações estratégicas de conceitos e modelos nacionais e transnacionais. Isto afirma a autonomia contextualizada desses agentes religiosos brasileiros e necessita uma dimensão nacional em qualquer análise das tensões constitutivas desta espécie de glocalização.