Descrição
Partindo das contribuições teóricas sobre gênero e sexualidade nas Ciências Sociais, este texto trata das categorias das sexualidades mítica e humana correntes no candomblé nagô-queto. Recorrendo à mitologia dos orixás e às explicações concedidas por membros do candomblé paulista, pôde-se perceber que as comunidades religiosas afrobrasileiras, apesar de incluir minorias sexuais em seus quadros sacerdotais, não possuem um “poder simbólico” capaz de subverter os valores seculares de sexo e gênero. Tais valores não apenas espelham como também regulam a distribuição dos papéis rituais baseados na oposição masculino/feminino.