Descrição
Esse artigo trata da análise dos processos de “sincretismo” e “anti-sincretismo” presentes na formação do sistema simbólico da Capoeira Angola contemporânea. Tais fenômenos são entendidos aqui como estratégias de mobilização de elementos simbólicos advindos de diferentes sistemas religiosos que se fundem ou se separam criando representações de “pureza” e “mestiçagem” ou “legitimidade” e “deslegitimidade”. O artigo termina com a análise de conflitos entre angoleiros evangélicos (de igrejas pentecostais) e candomblecistas evidenciando que discursos associados à intolerância religiosa são também mobilizados dentro da linguagem simbólica da Capoeira Angola o que, visto de uma perspectiva outra, pode apontar para a existência de questionamentos a respeito do “ser negro” na Capoeira Angola.