Descrição
Este artigo analisa os relatos de viagem pelo rio Araguaia escritos por dois governadores provinciais, José Vieira Couto de Magalhães e Joaquim Almeida Leite Moraes. O objetivo é interpretar as imagens espaciais produzidas por funcionários do poder central em trânsito pelo interior do Brasil. Sustenta-se a hipótese de que o 'olhar imperial' desses personagens combina uma abordagem econômico-administrativa dos espaços visitados a uma sensibilidade marcada pela percepção das ruínas e dos vestígios que caracterizam o avanço da civilização pelas áreas de fronteira.