Descrição
Frente à ruptura epistemológica com os conceitos de sujeito e mundocomo unidades isoladas é possível pensar na noção de um artista-cidadão que se apropria do espaço público para a produção de diálogos com o teatro imanente nas ruas das cidades. A ideia de uma cidade-arte surge como resistência à cidade--marketing e o papel do artista inserido nesse tensionamento passa a exigir uma percepção aguçada das forças dinâmicas desse contexto para a configuração do ‘exercício experimental da liberdade’. Pensando nas criações estéticas produzidas nas periferias e atento às ideias de Hélio Oiticica, Enrico Rocha e Amir Haddad, defendo aqui um artista-flâneur, aquele que, observando os espaços, percebe a sua implicação direta na produção de um mundo-arte e de uma arte pública.