Descrição
Como uma língua, na sua forma mais original e inventiva, sua literatura, podem enfrentar o oceano da “mundialização”, a simplificação da comunicação universal, e a complexificação econômica das relações humanas? A literatura francesa pode responder ao risco de decadência ou de afogamento que alguns lhe predizem? Mas talvez se deva recusar os próprios termos da questão, e se perguntar se não se trata aí de uma formulação já mercantil e liberal dos valores culturais. A fórmula histórica que expressa o gênio revolucionário francês não permitiria colocar novamente o problema do sentido humano da literatura, de seu lugar em meio aos homens? Contra as teorias e os sistemas liberais que abrem o espaço social como um mercado onde o individualismo faz da liberdade um instrumento de guerra de todos contra todos, e monetiza os valores, a literatura articula liberdade e igualdade para dar a ler e escrever segundo uma incomparável pedagogia democrática.Traduzido por Ana Rossi do original "Liberté, égalité…littérature: Remarques critiques marginales désordonnées sur la crise présomptive de la littérature française à l’épreuve de la mondialisation".