Nos últimos anos, apesar do significativo avanço da produção historiográfica acerca do golpe civil-militar de 1964 e do regime autoritário que se seguiu, as interpretações que privilegiam os aspectos econômicos desses episódios vêm perdendo espaço e adeptos em análises acadêmicas. Acreditamos que esse desinteresse é fruto do movimento antiestruturalista dos anos 1960 e pós-modernista da década de 1990. O presente artigo visa entender as possíveis razões para o pouco interesse da imprensa e dos intelectuais brasileiros pela história econômica. Além disso, pretende discutir a situação atual desse fenômeno e as suas principais implicações no campo do conhecimento histórico.