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Inscrições Infantis
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Metadados
Descrição
Este texto explora o conceito Infância a partir da palavra literária, na sua força expressiva. A palavra literária - outra, aventureira - pronta para receber enchimentos, como consagra Manoel de Barros, nos parece ser a melhor expressão de uma escrita infantil. Leve, saltitante, sem-lugar, disposta a dizer coisas distintas quando pronunciada por gente diferente, essa palavra se faz crianceira. Literatura e infância encontram-se por seu intermédio, na aventura de dizer-se, na manifestação daquilo que são. Esse estado principiador, anterior à compreensão aproblemática do dizer é, a um só tempo, o estado comum e singular da experiência humana - o problema de passar por uma experiência e ser capaz de narrar, de algum modo, o acontecimento. Isso é o que evidencia Guimarães Rosa em suas Primeiras Estórias. Nelas, Rosa rompe a noção comum de comunicação como relação entre consciências ou como transporte lingüístico de um querer dizer e insere-se no campo do querer-ser das palavras. No mundo verbal criado por Rosa habitam personagens infantis como o menino do conto As margens da alegria e a menina do conto A menina de lá que ilustram nossa tese a respeito de uma escrita infantil e consubstanciam conceitos compreensivos do mundo, além de conformar imagens literárias que inspiram novos pensares acerca da Infância.
ISSN
1679-8775
Autor
Leal, Bernardina
Data
5 de outubro de 2011
Formato
Identificador
https://periodicos.unb.br/index.php/resafe/article/view/4355 | 10.26512/resafe.v0i12.4355
Idioma
Editor
Direitos autorais
Copyright (c) 2016 Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação (RESAFE)
Fonte
Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação (RESAFE); n. 12 (2009): maio/out. 2009; 77-88 | 1679-8775
Assuntos
Ciências Sociais | Filosofia | Educação | Filosofia da Educação | Ensino de Filosofia | Ensino | Linguística | Literatura infantil
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo avaliado pelos Pares