Descrição
Este artigo visa refletir sobre a relação entre arte e política no continente sul-americano nas décadas de 1950 e 1960 evidenciando as tensões e contradições que marcaram o debate artístico-cultural do período no Brasil e na Argentina. Da introdução da arte abstrata e adoção de uma linguagem universalizante nas artes à defesa de uma vanguarda condizente com nossa situação de subdesenvolvimento, passamos de um período de grande euforia desenvolvimentista a outro marcado pela necessidade de tomar posição frente a uma situação cada vez mais repressiva. O aumento da tensão política terá repercussões diretas no cenário cultural, motivando artistas, críticos e intelectuais a refletir sobre sua responsabilidade social e sobre a necessidade de assumir um papel político de maior envergadura.